Quem Somos?

Quem é Delira? Jessica de Lira dias, 26 anos e cria de Nilópolis, meu parceiro! 

Comecei a empreender com 13 anos, vendendo geladinho. Aos 19 anos, precisava pagar minha faculdade de educação física. Logo, revendia roupas de academia para ajudar na faculdade.

A Delira se iniciou após eu ouvir muitos nãos de fornecedores e principalmente o descaso que eles tinham comigo por comprar em pequena quantidade em atacado. Lembro perfeitamente do dia que pedi para um fornecedor separar algumas peças que já estavam vendidas para minhas clientes e quando fui buscar, ele tinha passado para outra revendedora que possuía um pedido maior. E eu disse: Você ainda vai ouvir falar de mim.

Pegava uma mala cheia de roupas e ia oferecendo no comércio de Nilópolis, além de fazer entrega nas estações de trem. Levava roupa para faculdade, academia e qualquer canto que eu via uma oportunidade de venda.

Quando era dia de repor mercadorias, eu saia às 07h da manhã com uma garrafa de água e biscoitos. Fazia um tour no mesmo dia para economizar na passagem:
Nilópolis x Nova Iguaçu x Madureira x Vilar dos Teles x Caxias e voltava para casa. Não comprava nada para comer ou beber, porque sabia que poderia faltar para minhas mercadorias.

Decidi juntar dinheiro e criar minha própria marca. Fazia faculdade, comecei a trabalhar como CLT e aos finais de semana, fazia extras como: recepcionista, promoter, garçonete e qualquer trabalho digno que surgisse.

Comecei com 3 mil reais, comprava 2 metros de cada cor de tecido. E não tive apoio, nenhum tapinha nas costas .A única coisa que recebi foi um “você vai falir”. Não tive papai, nem mamãe, nem namoradinho, nem se quer um cartão de crédito com limite alto, mas eu tinha Deus. Engoli o choro, arregacei as mangas e fui em frente. Desistir nunca foi uma opção.

Minha primeira produção deu tudo errado! Corte errado, tecido errado e costura errada. Então, surgiu uma empreendedora! O problema existe, e logo você é responsável pela solução . Peguei toda produção errada e fiz conjuntos de pole dance e vendi no valor de custo, apenas para recuperar os 3 mil e começar tudo novamente.

Na loja de tecido, fui destratada. E fiz uma promessa ao vendedor: você ainda vai lembrar de mim.

Pegava o trem, metrô e caminhada para pegar os tecidos. Porque se eu pegasse o Uber, iria faltar para comprar os tecidos. Enchia uma bolsa de camping e carregava até Nilópolis. Lembro que tombei com a bolsa e umas mulheres da estação que estavam vendendo produtos riram… eu sorri para elas e disse: tudo tem um começo.

Meu estoque era o meu quarto. Eu abri mão da minha cama e dormia na sala, que depois de um dia longo de trabalho não tinha descanso devido a claridade e ao barulho das pessoas pela manhã.

Um certo dia, enquanto eu conversava com Deus e olhava todas aquelas roupas espalhadas pelo meu quarto, eu questionei: Deus, será que vou vender isso tudo? Eu tenho tanta coisa para pagar. E foi meu encontro mais íntimo com Deus. Ele me respondeu: Eu vou te colocar aonde você JAMAIS imaginou, tá vendo todas essas roupas? Você vai vender muito rápido e é muito pouco para oque eu tenho para você.

Hoje estou aqui, e sinto que esse é o início de tudo que ainda está por vir.

Obrigada por vestir minha marca e acreditar no meu sonho.

Com amor, Jéssica lira.